sexta-feira, 4 de março de 2016

BLOODBORNE

Olá leitores!

Mais um ano que se inicia. Este é o terceiro ano do blog. Obrigado a todos pelo apoio e mensagens positivas durante esta jornada. Desejo um 2016 cheio de conquistas e alegrias a todos!

Vamos ao post!

Finalmente irei falar do melhor jogo que joguei em 2015. Para mim o melhor do ano. E um jogo que vai me marcar pra vida.
Sim, meus nobres amigos: Bloodborne!


Bloodborne é um jogo de RPG/Ação da From Software. Foi lançado em 24 de Março de 2015 e concorreu ao melhor jogo do ano junto de grandes nomes como Witcher 3: The Wild Hunt, Fallout 4 e Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. Sendo que destes ele é o único que é um exclusivo (PS4).

Confesso que quando saiu os trailers não me empolguei tanto, mas me pareceu interessante bosses que eram realmente difíceis. Eu descobri que era do mesmo produtor de Dark Souls,e na época não o tinha jogado muito. Resolvi testar a franquia mesmo comprando Bloodborne, e que decisão sábia que eu fiz.

E é cada chefão, viu?
São poucos os jogos que conseguem te marcar tanto. O level-design é fantástico, os atalhos que você pega de uma Lâmpada (warp point do jogo) a outra são muito bem construídos, e o mundo é muito conciso. O nível de detalhe nos cenários é tão grande que é muito difícil de você ver/perceber tudo de primeira. No horizonte você pode ver muitas vezes o próximo mapa ou até alguma dica sobre o universo do jogo (vide navios em Nightmare's Frontier). A cidade de Yharnam realmente fez sentido como cidade e poderia muito bem se passar por uma das principais cidades da Europa.

Os mapas são góticos e sombrios, mas as cores são vivas.
A dificuldade é um fator muito bem trabalhado no jogo, pois o jogo é difícil, mas é justo. Ele é um jogo de ação com elementos de RPG. Você subir de nível não significa vitória, é necessária habilidade e concentração. É muito importante você decorar o move set de cada inimigo para montar estratégias e sobreviver.

Neste jogo é necessário ser rápido.

Eu digo isso, pois existem vários fatores a se levar em consideração para cada inimigo que você enfrenta. Como exemplo: quantos inimigos estão próximos, qual o move set de cada um deles, quais usam ataques de longa distância, analisar o terreno para rota de fuga, analisar quais os stage hazards, ou se não tem nenhum inimigo escondido esperando você abaixar a guarda. Poderia citar vários outros, e isso que torna a execução deste jogo genial. Você é um caçador/hunter, e você realmente tem que pensar como um para sobreviver neste universo.

Junte-se a caça com seus amigos! Engage in Jolly Cooperation!

Os menus do jogo são bem simplificados, o que podem te deixar meio perdido no começo.
Conforme o jogo passa, eles vão fazendo sentido. O jogo em nenhum momento para e te dá a mão para te ensinar cada mecânica. Se você quer saber, você tem que ir atrás.
E isso não é ruim, é até melhor na minha opinião. Como eu disse na minha postagem sobre Dark Souls: você fica acostumado com isso e quando joga outro jogo perde a paciência, já que é pop-up atrás de pop-up que te explica cada detalhe de como jogar. (Essa diferença pode até ser um assunto para um novo post.)


E não podia deixar de falar dos bosses!
Gostei muito dos chefões desse jogo, todos eles foram um desafio que te forçam a melhorar suas habilidades no jogo. Cada um foi confeccionado para fazer sentido dentro da história do jogo, tornando a experiência rica. A trilha sonora para cada um é muito atmosférica. Como eles reagem a como você luta com eles, a mudança de fases conforme desenrola o combate - essas são coisas que os tornam vivos e com uma I.A. inteligente. Os chefões de Bloodborne são realmente a cereja no topo do bolo.

Os bosses e os inimigos dão urros bestiais que tornam a experiência bem macabra.

Yharnam e a região envolta em que se passa o jogo, tem uma temática de Londres Vitoriana, somada a um tom sombrio de Leste Europeu (como a Romênia que foi usada de exemplo na criação do jogo). Além disto tudo o jogo tem grandes influências de H. P. Lovecraft, pois assuntos como raças superiores alienígenas, horror cósmico e insanidade são decorrentes na história. Então além de enfrentar bestas sedentas por sangue, você lutará com seres cósmicos que sua aparência pode deixar qualquer homem insano.

Rom, the Vacuous Spider para mim é uma referência clara a Azathoth, uma das principais entidades do Cthulhu Mythos.

A história do jogo é bem complexa e é escondida, assim como em Dark Souls. O que importa não é o final, mas sim a jornada que você percorreu. Os acontecimentos ficam abertos para interpretação e existem dicas nas descrições dos itens do jogo. Falando em finais, o jogo possui 3: o final falso, o final, e o final verdadeiro. Não vou explicar eles aqui, mas vou dizer que o final verdadeiro pode ter decepcionado alguns fãs, por que Bloodborne tem um tipo de final diferente da maioria dos jogos. É algo muito mais filosófico, é muito mais o significado, a quebra do ciclo do que o acontecimento.

A DLC vale o preço e torna o jogo mais rico ainda.
Bloodborne não foi o jogo do ano por dois motivos:

1- A história dele é algo complexo e que lida com temas que poucas pessoas vão realmente entender. Ele é diferente dos outros jogos que te dão cinematics de torto a direita explicando cada desenvolvimento. O Back Story é mais importante do que está acontecendo.
Bloodborne é uma jornada espiritual que só alguns estão dispostos a fazer.

2- A dificuldade assusta as pessoas. Sim, o jogo é difícil. É isso que torna o jogo interessante, a dificuldade te prende nele. Você se desafia a derrotar aquele chefão que parece impossível. Não existe jogar Bloodborne casualmente. É uma experiencia que exige toda concentração possível.

Em suma, o público alvo deste jogo é menor do que o Witcher III por exemplo. Só quem joga este jogo, não consegue parar por um bom tempo. Tanto que este foi o primeiro jogo que eu platinei no PS4 (e eu nem ligo pra isso geralmente). Todos os fãs são extremamente interessados no jogo, criando uma comunidade ativa que continuará a falar dele anos depois do lançamento (como acontece com Demon's Souls e Dark Souls). Afinal, existem canais do YouTube dedicados a esta franquia e centenas de fãs que fazem animações e fanarts. Não conheço nenhum jogo que mantenha esta influência tão grande com quem ele conquistou.

CONCLUSÃO: Bloodborne é um dos jogos mais importantes lançados na história dos videogames. Ele pega a fórmula da obra prima que é Dark Souls e aperfeiçoa em vários outros aspectos. Mesmo simplificando uma coisa ou outra, a essência não se perde. Parabéns Hidetaka Miyazaki!

Nota: 10/10

"The night brims with defiled scum, and is permeated by their rotten stench.
Just think, now you're all set to hunt and kill to your heart's content!"

Espero que tenham gostado!


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Até o próximo post!

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