quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

OVERLORD 1ª Temporada/Light Novels

Olá Leitores,

Em 2015 eu estava navegando pela internet quando me deparei com este vídeo:

Acabei me interessando por este animê que nunca tinha ouvido falar chamado OVERLORD e fui assistir. Para minha sorte, a primeira temporada tinha acabado a poucos dias então pude maratonar seus 13 episódios. Na época estava jogando pela primeira vez Dark Souls, e ter como um personagem principal um esqueleto me atraiu bastante.


OVERLORD é um animê que atualmente conta com 3 temporadas com 13 episódios cada. A série é uma adaptação das Light Novels escritas por KUGANE MARUYAMA, que também renderam uma adaptação em mangá.

A história se passa em 2126, ano em que DMMORPG são muito populares. Trata-se de um MMORPG inteiro em realidade virtual. E o mais famoso entre estes jogos é o Yggdrasil. Neste jogo o personagem principal, Suzuki Satoru, é o líder de uma das maiores guildas do jogo. A famosa Ainz Ooal Gown. Ele é um Esqueleto no nível máximo (100) Elder Lich Mago com o nickname de Momonga.

Com o passar dos anos, os 41 membros foram parando de jogar e ele ficou com a guilda e os NPCs praticamente só para ele, a famosa Grande Tumba de Nazarick nunca antes conquistada por outros jogadores.
Depois de 12 anos de abertura do jogo, finalmente chega o dia de fechamento dos servidores. Só 1 dos outros membros decide entrar no jogo nesse dia, mas resolve sair antes do fechamento oficial.

Momonga agora sozinho fecha os olhos enquanto espera ser desconectado do jogo, mas quando abre, descobre que ele está dentro do jogo. Os NPCs agora tem vida e ele se encontra num mundo diferente do jogo. Ele só quer continuar cuidando da guilda e dos NPCs criados por seus amigos, algo que é muito fácil para ele pois devido ele estrá no nível máximo ele é basicamente um Deus. Será quer seus amigos estão neste novo mundo? Momonga muda seu nome para o nome da guilda, Ainz Ooal Gown, para  chamar a atenção deles. Ele também tenta descobrir se existem outros jogadores, e sempre toma medidas para deixar Nazarick protegida.  Diferente de muitas histórias do mesmo gênero, ele não demonstra vontade de voltar ao mundo real.

Este é um resumo bem básico de OVERLORD, e a série é bem mais do que isso.

Todos os personagens tem designs interessantes

No que terminei de ver a primeira temporada, fui pesquisar mais sobre a franquia e descobri os livros. Acabei começando a ler eles só recentemente. Foi minha primeira experiencia com Light Novels, e adorei.
Eu tenho que agradecer a OVERLORD por ter me aberto a este mundo de light novels, pois me abriu a outras obras como Goblin Slayer (a qual já estou lendo), That Time I Got Reincarnated as a Slime e Durarara!!.

Algo que gostei muito nos livros é que é uma leitura dinâmica, você não cansa e não enjoa de ler. Eu li os 3 primeiros livros seguidamente mal posso esperar para começar os próximos. Li todos no meu Kindle, e quando vi já tinha devorado o livro.
Eu tinha perdido um pouco do meu hábito de leitura devido ao trabalho somado com a faculdade, pois tinha que ler muitos artigos e livros técnicos, mas Overlord me ajudou a recupera-lo.

Eu comprei os livros na Loja Kindle da Amazon, e eles estão cerca de 30 reais cada. É um preço bem justo pela qualidade do livro. Os livros estão em inglês e tem uma leitura bem fácil, então imagino que seja para muitos uma boa maneira de aperfeiçoar a língua.

A primeira temporada cobre os três primeiros volumes: The Undead King, The Dark Warrior e The Bloody Valkyrie. Eu peguei no Reddit esta tabela para vocês terem noção de quais livros cada temporada cobre. (Thanks PlatinumDL)



Os livros do Overlord possuem muito mais detalhes que o animê e mostra todo o processo de raciocínio do Ainz por trás de cada ação. Enquanto muitas ações no animê simplesmente acontecem, nos livros mostram o que o Ainz planejou. O livro se passa muito mais em primeira pessoa. O legal do animê é que ele acaba dando uma certo ar de mistério nas coisas que são explicadas nos livros, então ambos se completam neste aspecto.

Outro detalhe é que nos livros já acontecem coisas e aparecem pessoas que só vão ser relevantes lá na frente, como por exemplo os Goblins do Vilarejo Carne já aparecem no volume 2 e A Princesa e Climb no livro 3.

As Ilustrações dos livros são sempre muito bonitas.

Sem contar que tem mais acontecimentos e personagens, como ter mais aventuras do Ainz como Momon, e personagens que não aparecem no animê como as duas irmãs da Albedo.

Agora vamos analisar 3 coisas em OVERLORD que me chamaram muito a atenção.

1 - Design dos Personagens e do Mundo

Algo que acho muito interessante em OVERLORD é que o autor não tem preguiça de desenvolver o mundo que a história se passa, nem as conversas dos personagens e nem os próprios personagens.
Ele toma tempo para descrever um a um, tornando a experiencia de entrar no mundo OVERLORD algo muito rico.

As descrições vão desde quais são os hábitos/religião/aspectos culturais de certo povo até o que passa na mente do oponente ao tentar lutar contra alguém da Grande Tumba de Nazarick.
Só existe um ponto negativo nisso, que para algumas pessoas, OVERLORD pode parecer um pouco enrolado.

Só que ele não é, tem muito chão a cobrir. Sem o desenvolvimento do mundo e personagens, a série não teria metade da emoção e pareceria um tanto genérica.
Além de tudo isso o mundo e os personagens são interessantes e ter esse quê de videogame deixa tudo mais legal.

2 - História

Para mim, OVERLORD tem uma história que se destaca entre as séries que eu gosto.
A cada coisa que acontece você fica com um gosto de quero mais e parece que as possibilidades são infinitas.

Ainz tem uma personalidade bem mundana, mas ao mesmo tempo com um eixo gravitacional que mexe e remexe com a história de maneiras muito criativas. As interações entre personagens de qualquer núcleo da história são trechos que sempre são bem vindos e nunca parece enrolação.
Tudo tem um propósito.

É sempre importante prestar muita atenção em cada ação dos personagens, pois uma simples poção que o Ainz entrega a uma humana tem implicações em acontecimentos futuros no decorrer da história. Realmente nada que é descrito é de graça, nada é desperdiçado.

Também algo que destaca esta série de muitas outras é que o personagem principal não o mocinho da história, ele tem seus interesses e mataria facilmente pra defender Nazarick. Só que ao mesmo tempo não dá pra chama-lo de vilão. Isto torna Ainz bastante humano e ao mesmo tempo desumano.

3 - Lutas

Como disse no começo, Ainz é um Deus nesse novo mundo. Então ele segue uma estrutura narrativa muito interessante, já que ele não está necessariamente "lutando" contra nenhum oponente. Mesmo sendo um mago seus pontos atribuídos a força indiretamente fazem com que ele seja mais forte fisicamente que o maior cavaleiro de um dos reinos. Então independente de se for uma luta de mágica ou de espadas, ele é virtualmente imbatível. Muitos dos oponentes dele não tem nem mesmo força ou equipamento para que registre dano nele.

 Aí você pode se perguntar: "Qual é a graça dos combates já que o personagem principal não faz esforço nenhum?" A graça é que o Ainz toda vez que luta está testando algo, e também nem está tentando lutar. Ele fala/raciocina bastante durante a luta. O fato de haver bastante diálogo durante a luta não atrapalha nem um pouco e fica bem mais fluído do que muitos outros animês/mangás que precisam do personagem sabichão e do orelha para explicar tudo o que está acontecendo durante a luta. Sem contar que o Ainz tem um grande ar cool nele que tudo o que ele faz na luta fica legal sem ser forçado.

E ainda há o contraste de, sem entrar muito em spoilers, de ele lutar com alguém que é páreo a ele. Ver o embate entre dois deuses que tem poderes mensuráveis e imensuráveis ao mesmo tempo. E ver que Ainz ter se dedicado ao jogo por tantos anos lhe dá uma vantagem estratégica enorme por conhecer praticamente tudo sobre o jogo. Este tipo de luta tem uma gravidade própria, diferente do resto da série.
Ver o Ainz lutando a sério é de tirar o fôlego.

Quando há lutas de outros personagens que não são de Nazarick também é muito legal ver que as habilidades diminuem bastante e dá pra ver as pessoas ralando mesmo pra matar algo que nem é tão forte assim. Enquanto os NPCs de Nazarick tem nível de 60 a 100, no mundo a fora ser nível 30 já te faz alguém digno de lenda.

E o fato deste mundo vir de um videogame torna as habilidades e magias muito interessantes.
Desde as artes marciais dos guerreiros até as inúmeras árvores de magias que existem, este mundo respira videogame.



Agora vamos falar mais um pouco sobre o Ainz.

Eu me identifiquei com Ainz em 2 aspectos, por mais que somos pessoas bem diferentes.

Primeiro que ele é alguém que tem paixão por jogos e ele atrai outras pessoas por isto.
Me identifiquei com isso pois sou mestre de RPG faz uns 7 anos já e adoro criar aventuras e ver meus amigos superando cada obstáculo de maneiras mirabolantes e muitas vezes engraçadas.
As memórias que você cria jogando com seus amigos são extremamente preciosas.

Ainz, ou melhor Suzuki Satoru, é alguém que assim como eu preza por essas memórias. E isto molda cada ação dele, pois ele  ama como um pai cada NPC criado por seus amigos e tem muito carinho e respeito pela guilda que criaram juntos. Ele tem uma lealdade imensa mesmo talvez nunca mais vendo estes amigos.

E segundo que na vida real Ainz estava dentro do mundo corporativo, assim como eu.
Ver ele lidar com muitas situações como um administrador/gerente é algo que achei muito legal e até mesmo engraçado. Ele lida com os NPCs usando de técnicas de gestão de pessoas, como se eles fossem funcionários e não servos.

Consegui me identificar bastante, já que geri alguns projetos dentro da empresa que trabalho e gosto muito de lidar com pessoas. Gosto de ficar pensando o que faria no lugar do Ainz.


Consigo dizer com todo meu coração que se você se interessou, você tem que ler/assistir OVERLORD.

A maneira mais fácil seria só assistir o animê, mas eu proponho a seguinte ordem se você pretende ler os livros também:
Veja a primeira temporada e depois leia os livros que ela cobre, só então parta pra segunda temporada e assim por diante.

Claro, você pode ver tudo e aí ler os livros. Só que eu acho que seria interessante assistir o animê da próxima temporada depois de ter lido os livros.
Imagino que dê pra pegar mais detalhes desta forma.


E é isto, OVERLORD é nota 10 pra mim. Tanto em livro quanto em animê.

Espero que tenham gostado!
Não esqueçam de dar aquela força comentando, compartilhando com seus amigos  e curtindo a nossa página no Facebook.

Queria agradecer ao Arthur do Blog Leigan! pela menção em seu post sobre CROWS que eu recomendei para ele. Fico muito lisonjeado com suas palavras.

Até o próximo post!

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segunda-feira, 3 de julho de 2017

TIGER MASK W

Olá leitores,

Agora finalmente formado estou voltando com as atividades do blog!

E bem no último fim de semana da data em que esta postagem estava sendo escrita acabou o anime Tiger Mask W. O review a seguir NÃO possui SPOILERS!

Então vamos ao post!

Logo do anime com os dois personagens principais.

Tiger Mask é um anime de 38 episódios produzido pela Toei Animation que começou a passar em 1º de Outubro de 2016 e terminou em 1º de Julho de 2017. Ele é uma continuação do anime de 1969 Tiger Mask.

O anime original se passa na década de 70. É a história de um wrestler japonês chamado Naoto Date, que usa o nome Tiger Mask no ringue nos EUA, muda de vilão (heel) para mocinho (face) ao voltar para sua terra natal. Ele faz isso, pois percebe que as crianças idolatram o Tiger Mask e ele não quer que elas admirem um vilão.

Tiger Mask era originalmente um wrestler de um grupo chamado Covil do Tigre e seu nome lá era Yellow Devil. O Covil do Tigre é um grupo que só treina heels e quando Tiger Mask saiu, eles juraram vingança contra ele e mandam assassinos e outros wrestlers para mata-lo. No final Tiger Mask vence e acaba com o Covil do Tigre.

Tiger Mask W se passa nos dias atuais e NÃO existe a necessidade de ver o original para entende-lo.
O personagem principal também se chama Naoto Date e ele começa a treinar wrestling com um grupo chamado Zipangu Pro-Wrestling. Lá ele faz amizade com Takuma Fuji, o filho do líder desse grupo, Daisuke Fuji.

Naoto Date como Tiger Mask

O Covil do Tigre se reergueu usa um grupo chamado Global Wrestling Monopoly (GWM) para dominar o wrestling japonês. A GWM desafia a Zipangu para uma luta e Daisuke Fuji luta contra Yellow Devil. Sendo membro do Covil do Tigre, Yellow Devil usa vários truques sujos para ganhar e depois de declarada a vitória continua batendo em Daisuke.
Daisuke é hospitalizado e sua carreira como wrestler acabou, já que agora ele vive de cadeira de rodas. Naoto e Takuma acabam se separando, mas ambos tem grande desejo de vingança contra o Covil do Tigre.

Naoto vai treinar com Kentaro Takaoka, um senhor que conheceu o Tiger Mask original e também já vestiu a mascara do Yellow Devil.
Takuma viaja para os EUA e resolve entrar para o Covil do Tigre na expectativa de destrui-lo por dentro.

3 anos depois os dois entram no cenário profissional de wrestling japonês.
Naoto usa a máscara e o nome de Tiger Mask e se afilia ao NJPW (New Japan Pro-Wrestling/Shin Nihon Puroresu), um grupo de wrestlers face que tentam impedir o monopólio do Covil do Tigre.
Takuma volta ao Japão como Tiger The Dark e luta ao lado da GWM/Covil do Tigre.

Takuma Fuji como Tiger The Dark
Por usarem máscaras e nomes falsos, Naoto e Takuma não percebem a identidade um do outro e estão destinados a lutar por mais que ambos ainda possuem o desejo de vingança contra o Covil do Tigre.

Isto tudo que escrevi serviu como uma boa sinopse, e a história ter tudo isso de setting algo extremamente positivo.

Infelizmente o anime é muito mal executado.
Ele não se decide se é um daqueles animes que tem o vilão da semana e que os episódios tem nenhuma relação um com o outro, ou se ele é realmente um história sobre wrestling e vingança.
O estilo da animação até achei interessante, mas é mal animado.
O fato deles terem feito um anime que não é tão sério acabou tirando um pouco do ritmo dos episódios. E o desenvolvimento de personagens é minimo, tornando pouco importantes a grande maioria deles
Existem muitos episódios que somam muito pouco pra história e suas lutas não são muito interessantes. Dava pra resumir os 38 episódios em 25 que não ia se perder nada.


A logo da NJPW. É uma organização real de wrestling e alguns dos personagens do anime são lutadores reais

Mesmo  assim, é um bom anime!

Tem lutas muito boas. O episódio 4 em que o Tiger Mask luta contra o Red Death Mask é sensacional. É uma pena existirem poucos episódios que são tão emocionantes na série.
Os dois arcos finais são muito bons e criativos, você fica muito ansioso pra ver o que vai acontecer a seguir.
A luta final e o desfecho são incríveis e salvam o anime de muitos dos pontos negativos dele.
Tem até um episódio extra que soma mais ainda a isso.

Eu gosto bastante de um dos principais temas da série que é: um homem não pode desistir e tem que lutar não importa as dificuldades. Essa força de continuar lutando e superar os obstáculos o torna num tigre.

Naoto e Takuma devem se tornar tigres para lutar contra Yellow Devil e o Covil do Tigre.

Eu pratico artes marciais desde pequeno, mas nunca dei muita atenção para o wrestling por achar que ele era falso. Tiger Mask W me fez passar por cima deste preconceito e eu consigo entender a performance que  compõe o wrestling. Muitas das técnicas usadas na série são muito legais e fico com cada vez mais vontade de entender melhor das regras do wrestling e começar a acompanhar as lutas que passam na TV. E isso é mais um ponto positivo para o anime!

Os produtores deviam ter focado mais em o Takuma tentar sabotar o Covil do Tigre, já que ele só resolve fazer isso nos 45 minutos do segundo tempo. Se isso fosse um processo gradual enriqueceria a história e o personagem.

Também deveriam ter focado mais em o Covil do Tigre tentar acabar o com o Tiger Mask sem medir esforços. Isto também enriqueceria muito a história se tivessem mais lutas que o Naoto estivesse em desvantagem, mas arranjasse um jeito de superar as dificuldades. Ou seja, se tornar um tigre cada vez mais ao passar dos episódios.


E você, já se tornou um tigre?

Portanto, esse anime seria muito melhor se ele seguisse os temas que ele mesmo criou no primeiro episódio e desenvolvesse os personagens.
Isto não é algo necessariamente ruim, já que isso não estraga o anime. Ele só deixa de explorar todo o potencial que tinha.

Deu pra ver que a equipe que fez esse anime tinha muita paixão pelo projeto, mas eles ficaram meio perdidos em como executar a série.
Paixão é algo muito importante nas obras, pois é isso que me faz agora depois de tudo isso, depois de altos e baixos com a série, dizer para assistir Tiger Mask W! Vale muito a pena, tanto se você gosta ou não gosta de wrestling. Se você não gosta, muito provavelmente vai começar a gostar assim como aconteceu comigo.

Nota: 6,8/10

Espero que tenham gostado! Eu estou muito feliz com a volta do blog!
Não esqueçam de dar aquela força comentando, compartilhando com seus amigos  e curtindo a nossa página no Facebook. Só quem curte o Blog Overdrive torna-se um tigre!

Até o próximo post!

terça-feira, 12 de julho de 2016

Kiseijuu/Parasyte - O quê é ser humano?

Olá leitores!

O post de hoje é de cunho um tanto mais filosófico.
A reflexão que irei expor durante o texto não necessita da leitura da série.
Isto aqui é um experimento, me digam se gostaram deste approach.

Vamos ao post:

Kiseijuu é um mangá publicado de 1988 à 1995 (10 volumes) de autoria de Hitoshi Iwaaki. No final de 2014 teve uma adaptação para animê em 24 episódios.

Quando o animê foi anunciado fiquei com um pouco de receio, pois achei o traço muito "bonitinho" perto do original.

Eu li o mangá uns 5 anos atrás (Estou surpreso que faz tanto tempo!), então ver o animê foi uma experiência nova, pois não lembrava tão bem da história.

Recentemente, a obra foi publicada no Brasil pela editora JBC.

As capas são incríveis. Valeu o dinheiro investido com certeza.


A história começa com "esporos espaciais", que ao chegarem na Terra começam a invadir o corpo das pessoas e se alimentar do cérebro delas.
Esses esporos/parasitas tomam o corpo da pessoa e se alimentam de outros seres humanos.

O personagem principal, Shinichi Izumi, tem seu corpo invadido por um deles. Antes de ter seu cérebro devorado, Shinichi o prende em seu braço direito. O parasita acaba se fundindo ao corpo dele. Nisto, o parasita ganha o nome de Migi (direita).

Este é o Migi

Agora os dois devem conviver no mesmo corpo - um humano normal e um parasita altamente inteligente desprovido de sentimentos.

O questionamento que é boa parte da temática da série é: O quê é ser humano? 

Que características que nos definem como humanos? Do que precisamos nos destituir para deixarmos de ser humanos?

Eu tenho uma teoria de que para entendermos algo completamente, devemos entender o que não é aquilo/ o que é o contrário - a antítese.
Exemplo disto seria que para entendermos o que é fazer o bem, devemos saber o que é fazer o mal. Para entendermos a felicidade, devemos entender a tristeza.
Poderia citar vários exemplos aqui, mas acho que já provei meu ponto.

Logo, o que não é ser humano?

Alguém como o Migi de Parasyte, ou até mesmo o androide David do filme Prometheus entendem melhor do que os humanos o que não é ser humano.
Então será que eles conseguiriam ser humanos, já que eles sabem tão bem como não ser um?
A resposta é muito provavelmente não, mas isto não os impedem de desenvolverem uma humanidade maior que a nossa.

Izumi fica mais frio conforme se adequa ao parasita.
E Migi começa a desenvolver sentimentos, sendo capaz até mesmo de se sacrificar para proteger seu hospedeiro.

Shinichi Izumi

Para o parasita desenvolver um sentimento tão forte como o de proteger alguém sem pensar nas consequências, isto sim que é uma ação que requer uma humanidade maior do que a dos humanos.
Já que para um humano, isto seria muito mais "fácil" de se fazer do que para um ser sem sentimentos.

O que ocasiona esta mudança de espírito no Migi é a sua enorme vontade de aprender. Cada novo conhecimento adquirido é comparado com os seus conhecimentos prévios. Ele vai aprendendo cada vez mais o que é ser humano.
A linha entre as emoções e a racionalidade fica cada vez mais turva e quase não existe mais distinção entre ser racional ou passional.

Por isto é sempre importante procurar se informar e estudar sobre as coisas, pois a cada novo conhecimento refletimos e  chegamos mais perto da verdade.
Através da reflexão nos conhecemos melhor e nos tornamos humanos melhores.

A nossa inteligência/alma é como uma lâmina que precisa ser afiada todos os dias com novas ideias e descobertas.

Espero que tenham gostado!
E me digam o que acharam deste tipo de post!

Até a próxima!
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Até o próximo post!

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terça-feira, 31 de maio de 2016

DEMONS'S SOULS

Olá leitores,

No texto de hoje falaremos do "pai moderno" dos jogos Souls - Demon's Souls.
Eu digo moderno, pois a franquia já começou na época do PS1 com King's Field.

Sim, meus caros leitores: DEMON'S SOULS



Eu quando comprei meu PS3 em 2013 tentei comprar a maior quantidade de exclusivos junto dele.
Com a recomendação de um irmão de um amigo acabei escolhendo Demon's Souls. Ele dizia que o era incrível, com cenários incríveis e que era MUITO difícil. De tornar o jogo algumas horas maior por causa disso.
Joguei um pouco naquele ano, e acabei parando. Não porque não gostei, mas sim porque estava muito sem tempo e acabei jogando outros jogos. Só depois de ficar fã da série Soulsborne que resolvi voltar a jogar.

Depois de ter zerado Dark Souls, Dark Souls II - Scholar of The First Sin e Bloodborne, fui jogar Demon's Souls com a cabeça de que era um Dark Souls um tanto pior.

Será que é isso mesmo?

Bem, vamos ao post!

Demon's Souls é um exclusivo de Playstation 3 lançado em 2009. Foi produzido pela japonesa From Software. É o primeiro jogo Souls e é dirigido pelo gênio Hidetaka Miyazaki. Ele é considerado o sucessor espiritual de King's Field.

Quando o jogo saiu, foi muito bem recebido pela crítica -  recebendo várias notas 90/100 para mais na maioria dos sites e revistas japoneses e norte americanos.

Os jogadores estranharam muito o jogo na época do seu lançamento devido a dificuldade que era diferente da maioria dos jogos da época. Os que perseveraram e venceram Demon's Souls começaram a espalhar: "Ei galera, o jogo é legal MESMO!". Alguns meses depois do lançamento as vendas dispararam. Agora em 2016, as vendas já ultrapassaram 2 milhões de cópias.

Bem vindo a Demon's Souls! Eu sou o seu Tutorial!
A maioria dos críticos e jogadores considerou o jogo muito inovador devido ao estilo diferente de dificuldade e ao multiplayer assimétrico.

Como disse antes, fui jogar esse jogo sem esperar muita coisa. O pensamento "Não pode ser melhor que Dark Souls" passou várias vezes na minha cabeça.

E que SURPRESA que eu tive com esse jogo!

A gameplay dele não se difere muito de Dark Souls. Os únicos pontos negativos que consigo pensar é que você tem limite para quantos itens você pode carregar na seu inventário (algo que não existe nos próximos jogos) e que não existe um Plunging Attack (como nos próximos jogos). Mesmo assim, não são coisas que façam o jogo ser pior.


A trilha sonora é muito bacana e se funde com o cenário e o tema do jogo, e principalmente, com os chefões.


Os mapas são separados como num jogo mais retrô como 1-1, 2-2 ou 4-3. Os mapas não são ligados entre si, e existe uma explicação dentro do lore para isto. O ponto de acesso são as Achstones no Hub do jogo - o Nexus.

A separação entre os mapas faz com que cada um tenha um aspecto único, trazendo novos ares ao jogo. Todos eles estão de acordo com o tema do jogo, tendo mapas com um subtema específico.
O Boletaria Palace mostra um reino decaído devido à ganância de seu soberano.
Valley of Defilement mostra um local abandonado pelo homem, em que vive tudo aquilo que deve ser esquecido. Em todo o estante em que você está lá, um breu avassalador o cerca.

Archstones do Nexus

Sem contar que ele é todo ligado de uma forma inteligente, o level design é brilhante - cada fase tem vários detalhes que tornam quase impossível perceber ou até mesmo explorar tudo na primeira playthrough.

O lore do jogo é muito rico, e tem um jeito bem tradicional de conto medieval com profecias e coisas do tipo. Existem muitos personagens legais. Dentre eles, o único NPC na franquia que é tão legal quanto Solaire of Astora, Ostrava of Boletaria.

O príncipe de Boletaria, Ostrava

A dificuldade do jogo junta todos os aspectos citados anteriormente de uma forma única, que poucos jogos conseguem. São poucos exemplos de jogo que tem todos os seus aspectos tão bem unidos assim.

E finalmente os chefões! Caramba, dá pra ver quanto esforço foi colocado nesse jogo só de olhar os chefões. Todas as lutas são extremamente criativas e divertidas - até mesmo as mais fáceis. O senso de conquista a cada vitória torna Demon's Souls uma experiencia única.

Ao derrotar os demônios, a luz! 

Viu como é temático?

Minha lista de alguns bosses favoritos:


Dragon God - Um boss gigantesco que pode dar hit kill, e a única forma de derrotá-lo é resolver um "puzzle".


Fool's Idol - O boss em si é meio bobo, mas se você não é uma pessoa que explora bastante o mapa, não ia achar um certo NPC. Este NPC revive o boss toda vez que você derrota ele. Eu por sorte, o encontrei logo na primeira vez que joguei, antes de tentar enfrentar o boss.


Maneater - Na minha opinião e na de muitos outros jogadores, o boss mais difícil do jogo. Foi o único que eu tentei mais de 5 vezes. No fim consegui, e sozinho. A maioria dos golpes dele te jogam longe, algo que é morte certa na arena.


Maiden Astrea - Um chefão cheio de maneiras abordar, e junto de Great Grey Wolf Sif de Dark Souls um dos bosses da franquia Souls que dá muita pena de matar.


Old Monk - Esse boss chama um outro jogador para te invadir e lutar no lugar dele, é um PVP em que você realmente aposta tudo.


Storm King - Um boss voador imenso que tem como principal forma de derrota-lo o uso de uma espada chamada Stormruler. Durante a boss fight  os ataques dela soltam enormes cortes de ar (o que não acontece no resto do jogo). Como obtê-la? É só atravessar a arena em que está esse boss durante a luta com ele!


Depois de zerar cheguei a conclusão de que Demon's Souls é tão bom quanto Dark Souls.
Para época um jogo inovador demais e em alguns aspectos até supera o seu sucessor.

Nota: 10/10

Espero que tenham gostado!

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Até o próximo post!

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sexta-feira, 4 de março de 2016

BLOODBORNE

Olá leitores!

Mais um ano que se inicia. Este é o terceiro ano do blog. Obrigado a todos pelo apoio e mensagens positivas durante esta jornada. Desejo um 2016 cheio de conquistas e alegrias a todos!

Vamos ao post!

Finalmente irei falar do melhor jogo que joguei em 2015. Para mim o melhor do ano. E um jogo que vai me marcar pra vida.
Sim, meus nobres amigos: Bloodborne!


Bloodborne é um jogo de RPG/Ação da From Software. Foi lançado em 24 de Março de 2015 e concorreu ao melhor jogo do ano junto de grandes nomes como Witcher 3: The Wild Hunt, Fallout 4 e Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. Sendo que destes ele é o único que é um exclusivo (PS4).

Confesso que quando saiu os trailers não me empolguei tanto, mas me pareceu interessante bosses que eram realmente difíceis. Eu descobri que era do mesmo produtor de Dark Souls,e na época não o tinha jogado muito. Resolvi testar a franquia mesmo comprando Bloodborne, e que decisão sábia que eu fiz.

E é cada chefão, viu?
São poucos os jogos que conseguem te marcar tanto. O level-design é fantástico, os atalhos que você pega de uma Lâmpada (warp point do jogo) a outra são muito bem construídos, e o mundo é muito conciso. O nível de detalhe nos cenários é tão grande que é muito difícil de você ver/perceber tudo de primeira. No horizonte você pode ver muitas vezes o próximo mapa ou até alguma dica sobre o universo do jogo (vide navios em Nightmare's Frontier). A cidade de Yharnam realmente fez sentido como cidade e poderia muito bem se passar por uma das principais cidades da Europa.

Os mapas são góticos e sombrios, mas as cores são vivas.
A dificuldade é um fator muito bem trabalhado no jogo, pois o jogo é difícil, mas é justo. Ele é um jogo de ação com elementos de RPG. Você subir de nível não significa vitória, é necessária habilidade e concentração. É muito importante você decorar o move set de cada inimigo para montar estratégias e sobreviver.

Neste jogo é necessário ser rápido.

Eu digo isso, pois existem vários fatores a se levar em consideração para cada inimigo que você enfrenta. Como exemplo: quantos inimigos estão próximos, qual o move set de cada um deles, quais usam ataques de longa distância, analisar o terreno para rota de fuga, analisar quais os stage hazards, ou se não tem nenhum inimigo escondido esperando você abaixar a guarda. Poderia citar vários outros, e isso que torna a execução deste jogo genial. Você é um caçador/hunter, e você realmente tem que pensar como um para sobreviver neste universo.

Junte-se a caça com seus amigos! Engage in Jolly Cooperation!

Os menus do jogo são bem simplificados, o que podem te deixar meio perdido no começo.
Conforme o jogo passa, eles vão fazendo sentido. O jogo em nenhum momento para e te dá a mão para te ensinar cada mecânica. Se você quer saber, você tem que ir atrás.
E isso não é ruim, é até melhor na minha opinião. Como eu disse na minha postagem sobre Dark Souls: você fica acostumado com isso e quando joga outro jogo perde a paciência, já que é pop-up atrás de pop-up que te explica cada detalhe de como jogar. (Essa diferença pode até ser um assunto para um novo post.)


E não podia deixar de falar dos bosses!
Gostei muito dos chefões desse jogo, todos eles foram um desafio que te forçam a melhorar suas habilidades no jogo. Cada um foi confeccionado para fazer sentido dentro da história do jogo, tornando a experiência rica. A trilha sonora para cada um é muito atmosférica. Como eles reagem a como você luta com eles, a mudança de fases conforme desenrola o combate - essas são coisas que os tornam vivos e com uma I.A. inteligente. Os chefões de Bloodborne são realmente a cereja no topo do bolo.

Os bosses e os inimigos dão urros bestiais que tornam a experiência bem macabra.

Yharnam e a região envolta em que se passa o jogo, tem uma temática de Londres Vitoriana, somada a um tom sombrio de Leste Europeu (como a Romênia que foi usada de exemplo na criação do jogo). Além disto tudo o jogo tem grandes influências de H. P. Lovecraft, pois assuntos como raças superiores alienígenas, horror cósmico e insanidade são decorrentes na história. Então além de enfrentar bestas sedentas por sangue, você lutará com seres cósmicos que sua aparência pode deixar qualquer homem insano.

Rom, the Vacuous Spider para mim é uma referência clara a Azathoth, uma das principais entidades do Cthulhu Mythos.

A história do jogo é bem complexa e é escondida, assim como em Dark Souls. O que importa não é o final, mas sim a jornada que você percorreu. Os acontecimentos ficam abertos para interpretação e existem dicas nas descrições dos itens do jogo. Falando em finais, o jogo possui 3: o final falso, o final, e o final verdadeiro. Não vou explicar eles aqui, mas vou dizer que o final verdadeiro pode ter decepcionado alguns fãs, por que Bloodborne tem um tipo de final diferente da maioria dos jogos. É algo muito mais filosófico, é muito mais o significado, a quebra do ciclo do que o acontecimento.

A DLC vale o preço e torna o jogo mais rico ainda.
Bloodborne não foi o jogo do ano por dois motivos:

1- A história dele é algo complexo e que lida com temas que poucas pessoas vão realmente entender. Ele é diferente dos outros jogos que te dão cinematics de torto a direita explicando cada desenvolvimento. O Back Story é mais importante do que está acontecendo.
Bloodborne é uma jornada espiritual que só alguns estão dispostos a fazer.

2- A dificuldade assusta as pessoas. Sim, o jogo é difícil. É isso que torna o jogo interessante, a dificuldade te prende nele. Você se desafia a derrotar aquele chefão que parece impossível. Não existe jogar Bloodborne casualmente. É uma experiencia que exige toda concentração possível.

Em suma, o público alvo deste jogo é menor do que o Witcher III por exemplo. Só quem joga este jogo, não consegue parar por um bom tempo. Tanto que este foi o primeiro jogo que eu platinei no PS4 (e eu nem ligo pra isso geralmente). Todos os fãs são extremamente interessados no jogo, criando uma comunidade ativa que continuará a falar dele anos depois do lançamento (como acontece com Demon's Souls e Dark Souls). Afinal, existem canais do YouTube dedicados a esta franquia e centenas de fãs que fazem animações e fanarts. Não conheço nenhum jogo que mantenha esta influência tão grande com quem ele conquistou.

CONCLUSÃO: Bloodborne é um dos jogos mais importantes lançados na história dos videogames. Ele pega a fórmula da obra prima que é Dark Souls e aperfeiçoa em vários outros aspectos. Mesmo simplificando uma coisa ou outra, a essência não se perde. Parabéns Hidetaka Miyazaki!

Nota: 10/10

"The night brims with defiled scum, and is permeated by their rotten stench.
Just think, now you're all set to hunt and kill to your heart's content!"

Espero que tenham gostado!


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Posts Interessantes:
Dark Souls
Dark Souls II
Um post de um leitor que experimentou Bloodborne
Até o próximo post!

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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

DARK SOULS II (Uma Crítica)

Olá leitores,

Dois avisos antes da postagem:

1 - Como vocês sabem na penúltima postagem eu anunciei um sorteio do primeiro volume do JoJonium Americano, eu já anunciei o vencedor na página do Face. Para quem não viu foi o leitor Arthur Rocha, que já recebeu o volume e mandou uma foto e uma mensagem:

Foto tirada por Arthur Rocha.

"Antes de tudo agradeço ao Editor do Blog Overdrive por essa oportunidade
do sorteio, um mangá muito bom em uma edição bem bonita, e que infelizmente
graças ao valor alto do dólar está um pouco salgado de importar (pelo menos pra mim hahaha).
Mas indo direto ao ponto, agradeço mesmo pelo conteúdo que nos é oferecido
pelo blog, posts muito bem escritos, descontraídos, com leves toques de humor...
Hoje em dia é raro achar blogs com postagens pelo menos um pouco frequentes, e mais raro
ainda achar com postagens decentes, ainda mais quando se trata de
mangás, "cultura nerd" e etc. O blog está cada vez mais interessante,
e o editor dele está cada vez melhor com seu trabalho. Eu que tenho um
blog também, espero um dia chegar a tal nível, já que o motivo de eu
ter feito o meu blog foi graças ao dele. Bem, abraços para a equipe do Blog Overdrive
e tomara que futuramente tenhamos posts com mais frequência, claro quando
possível, e também mais sorteios hahaha! Brincadeiras à parte."
  Com a dedicação de um fã,
                            Arthur Rocha.


2- Temos um novo integrante no blog, o nome dele é Pedro Okan, e ele postará na nossa página no Facebook mesmo textos semanais sobre variados assuntos "off-topic" do blog. Vale a pena conferir, vai lá!

Bem vindo Pedro!!


Novamente o assunto é Dark Souls.

YEAH!

Só que desta vez é pra falar de tudo o que me incomoda em DARK SOULS II!
Não vou comentar novamente muito sobre a história.
Eu só vou fazer comentários "negativos", os positivos ficaram para um próximo post.
Esse parecer vem de um cara que jogou 130 horas e contando desse jogo e pegou todos os Achievements.

Bem, vamos ao post!

Como eu tinha zerado já o primeiro Dark Souls esse ano, resolvi comprar o II.
Acabou coincidindo de ser bem durante a Summer Sale da Steam e comprei o recém lançado
DARK SOULS II - SCHOLAR OF THE FIRST SIN pela metade do preço (Thanks Steam!).

Você, o Bearer of the Curse

Depois te ter uma das melhores experiencias em todos os meus anos de videogame, eu pensei: "Nossa, tem um II dessa franquia incrível".
 Eu sei que as pessoas falam mal desse jogo na internet e que a mente principal por trás do primeiro jogo, Hidetaka Miyazaki (diretor de Demon's Souls e Dark Souls), não faz parte da equipe de produção desse jogo (supervisionou apenas). Eu não conseguia acreditar que esse jogo fosse ruim.

O jogo trás várias ideias novas para a franquia, como um chefão que é uma biga.

Ele não é ruim na verdade, ele só sofre de alguns defeitos que são imperdoáveis para uma sequência de Dark Souls.

A história dele se passa num tempo muito distante do primeiro jogo, até aí tudo bem. O problema é que alguns detalhes do primeiro jogo se repetiram no segundo de uma maneira mal executada.
É aquele velho pensamento errôneo que alguns desenvolvedores tem de que "quanto mais, melhor".

Exemplo disso são chefões como Belfry Gargoyles, que são o mesmo conceito que a Bell Gargoyle do primeiro jogo. Vou descrever a experiencia de cada chefão:

Bell Gargoyle(s)

DARK SOULS - Você ainda no começo do jogo chega a um mapa chamado Undead Parish (que nome incrível, por sinal) por um caminho escondido debaixo de uma ponte, pois a mesma está sendo guardada por um Wyvern. Depois de explorar um pouco você encontra inimigos mais fortes. Eles são cavaleiros mortos vivos, muito mais inteligentes e habilidosos do que os Hollows que você enfrentou até agora.
Você chega numa igreja guardada por três desses cavaleiros, só para depois chegar a a parte principal do prédio que tem um enorme cavaleiro de armadura negra com escudo e arma gigante. Se você não conhece muito bem Dark Souls, você irá correr direto para lutar com este novo inimigo. Só para ser surpreendido por um ataque mágico de um outro novo inimigo que está no segundo andar da igreja.
Depois de passar por tudo isso você finalmente chega no telhado da igreja, aonde fica o Bell of Awekining (o seu primeiro objetivo do jogo). Uma das gárgulas de pedra que decoram o telhado começa a se mexer e se inicia a luta com o chefão Bell Gargoyle.
Ele é um pouco maior que você, tem um machado enorme, voa e cospe fogo. Quando ele finalmente está com pouca vida você escuta um barulho ao longe e outra Bell Gargoyle entra na luta também, esta já com a vida baixa. Isto te dá a sensação que alguém já tentou fazer o que você está fazendo agora. A velocidade da luta muda completamente e cada ataque conta. Ao vencer nasce um enorme senso de conquista.

Belfry Gargoyles

DARK SOULS II - Você encontra um novo local, escondido atrás de Pharos' Lockstone, cheio de bonecos e outros players ficam te invadindo sem parar, te forçando a entrar para o Covenant dos bonecos. Você tem que tocar um sino que abre a porta para o chefão.
Seu nome é Belfry Gargoyles (já no plural) e você tem que lutar com 5 pequenas gárgulas que não são metade da dificuldade das duas gárgulas do primeiro jogo. A luta até que é bacana, mas não tão envolvente. Admito que me senti um pouco decepcionado durante a luta. Ela só serve pra te dar aquela experiencia a mais.
Ao derrotar o chefão você volta para uma outra parte do mapa anterior.

Como podem ver o trecho que descrevi do Dark Souls é muito mais envolvente do que a do seu sucessor.

E muitos outros chefões do segundo jogo parecem uma cópia mal feita do primeiro.
É só ver os Skeleton Lords que são um Gravelord Nito genérico. E o Royal Rat Authority que é um Great Gray Wolf Sif do esgoto. Esses chefões não são nem um pouco difíceis/divertidos e não passam metade da emoção do que é lutar contras os bosses do DS. Parece que eles simplesmente queriam colocar muitos chefões no jogo, independente se isso é bom ou ruim. Por que raios Covetous Demon é um chefão do jogo? Não tem dificuldade nenhuma lutar com ele!

Um boss badass é é a morte em si.










Esses três e alguns esqueletos compõem a barra de vida do chefão




















Sem contar que quando os chefões são difíceis mesmo não é uma dificuldade "legal", é injusta.
A luta contra o Smelter Demon azul é a maior zoeira de todas, ele é simplesmente o chefão mais difícil do jogo, não é divertido lutar contra ele. Só é injustamente difícil, só isso. Alguns dos chefões foram projetados para te forçar a usar o Co-op, o que torna a luta com eles meio frustrante se você quer lutar sozinho.

Great Gray Wolf Sif é um dos chefões mais marcantes do Dark Souls










Esse aqui é um boss opcional barato.




















Existem chefões legais, chefões legais e difíceis e chefões difíceis também, mas isso é assunto para outro post.

Também conhecido como Ancient Smelter Demon, esse boss é uma das piores experiências que eu já tive no videogame.

Vamos analisar outro aspecto, os mapas.

Muitos deles são bacanas, mas existem alguns como Shrine of Amana que são simplesmente chatos. Imagine um mapa que o chão é coberto de água, o que te reduz a velocidade e você tem que sempre olhar bem para o chão para ver se não tem nenhum precipício. De quebra existem magos que te atiram lá do ouro canto do mapa, tornando a luta injusta até se você for um mago também!
Shrine of Amana é o mapa que eu menos gosto no jogo, pois ele só é difícil e mais nada. Ele é chato e não desafiador.

Os mapas das DLCs são muito legais, mas os Undeads que tem pelo mapa não são nem um pouco divertidos de lutar contra, só são difíceis mesmo.
Heide's Tower of Flame é um dos meus mapas favoritos, mas ele e jogado de forma estranha no jogo, já que ele tem cara de ser uma das fases finais e é apenas o segundo mapa.

Muita coisa é jogada de forma estranha durante a sua aventura em Dark Souls II.

O que raios é isso afinal? (Esse é um exemplo de inimigo chato de lutar também)

A primeira vez que eu zerei eu demorei 20 horas para explorar todos os mapas e matar todos os chefões, sem nem tentar me apressar nem nada. No Dark Souls eu demorei 40 horas para fazer o mesmo (contando a DLC).
As DLCs do DS II salvam o jogo, pois no caso da primeira vez que eu joguei, eu demorei mais quase 20 horas para fazer as 3 DLCS e aí ir pros chefões finais.

Eu acho que o grande problema do jogo é que os produtores não souberam nivelar uma dificuldade, algumas coisas são ridículas de fácil e outras são estressantes. E o pior, poucas são realmente legais e envolventes como no primeiro jogo.

Mas enfim, mesmo com todos estes defeitos Dark Souls II - Scholar of the First Sin merece um 8.9/10. Ele não deixa de ser um jogo bom mesmo com todos os defeitos apontados no post. Pretendo fazer um post futuramente dizendo o que é bom no jogo.

Espero que tenha gostado.
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Até o próximo post!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

SAINT SEIYA SOUL OF GOLD

Olá leitores!

Faz um tempo que já acabou, mas gostaria de falar um pouco sobre Saint Seiya Soul of Gold.
Para quem não sabe, é um novo animê de Os Cavaleiros do Zodíaco que conta uma aventura exclusiva dos Cavaleiros de Ouro em 13 episódios. A periodicidade era 1 episódio a cada duas semanas.

Vamos ao post!

Toda vez que é anunciado algo novo de CDZ eu fico muito animado, pois foi com esta série que comecei a gostar de animês e mangás (eu aprendi a ler mangá com CDZ quando eu tinha uns 6 ou 7 anos). O mangá de Saint Seiya é algo que marcou muito a minha infância, e eu tenho um carinho muito grande pela série. Não é o melhor mangá que eu já li, mas é um dos meus favoritos.


Mas uma coisa que sempre me incomodou foi a adaptação para animê da série. Quando eu era criança eu achava legal, pois não entendia o conceito de filler (achava muito estranho algumas coisas na versão animada) e não percebia o quão enrolado era um episódio.

Este ano foi anunciado e já transmitido o Soul of Gold. Quando vi que teria o Aiolia de Leão como personagem principal já fiquei animado, pois ele é um dos meus Cavaleiros de Ouro favoritos.
Quando foi divulgado que a história se passaria em Asgard e os inimigos eram os Guerreiros Deuses já fiquei com um pé atrás. O novo anime tratava-se de um FILLER DE UM FILLER.
Mesmo assim, mantive minhas esperanças.


A história se passa logo depois que os Cavaleiros de Ouro morrem ao destruir o Muro das Lamentações no Hades/Inferno. O que deixou a história muito estranha. Aiolia fica muito preocupado que ele tem que voltar para ajudar Atena, mas ele descobre que não tem como ele sair de Asgard. Então ele simplesmente DESISTE.

Bem normal de um CAVALEIRO DE OURO, não?

Eu acho que o enredo seria mais fácil de engolir se essa história se passasse uns 20 vinte anos depois da Saga de Hades num tempo de paz ou algo parecido, pois os eventos dessa série ocorrerem ao mesmo tempo que a Saga dos Elíseos não faz sentido nenhum. Isto se deve ao fato de:
A) A Saga dos Elíseos demora algumas horas e acontece logo após a morte dos Cavaleiros de Ouro
B) Soul of Gold é uma história que demora DIAS em Asgard
Afinal Seiya e os outros esperaram DIAS pelas armaduras de ouro enquanto lutavam contra Hypnos e Thanatos...

E que tal os Cavaleiros Deuses que não usam as mesmas armaduras que os do filler do animê original? Então existem outros 7 Guerreiros Deuses além dos 8 que já tinham aparecido?
Aonde eles estavam durante a Saga de Asgard? (Uma explicação decente bastava...)

Guerreiros Deuses

A Armadura deles até que era legal, e foi bacana eles usarem armas. Mas era óbvio que nenhum deles tinha chance contra os Cavaleiros de Ouro.
As cenas dos Cavaleiros perdendo/tendo dificuldade eram simplesmente para deixar o episódio mais demorado. O conceito de que Yggdrasil deixava eles mais fracos foi bacana, mas podia ser melhor explorado para não ficar forçado.

Os Guerreiros Deuses até que eram interessantes.
Aparecer Sigmund, irmão de Sigfried foi bacana. Ter um Shaka Genérico no outro time também (Baldr). O Frodi ajudar no final foi algo meio previsível, mas deixou a obra melhor. O mistério todo que fizeram sobre quem era Utgarda me deixou com vontade de ver os próximos episódios. Surtr ter um passado triste junto de Camus enriqueceu a história.


As lutas em geral até que foram boas, mas não passavam aquela emoção costumeira de CDZ. A luta do Saga foi a única que foi legal mesmo. A animação ruim da série quebrava um pouco o clima. Mas valiam a pena para ver as Armaduras Divinas de Ouro.

O grande problema de Soul of Gold é que ele não tem enredo. Fica até difícil você explicar para alguém o que aconteceu nessa série, porque de certa forma só teve lutas. Tudo o que foi apresentado foi raso demais para ser guardado pelo telespectador. Todos os diálogos são expositivos, e a personalidade dos Cavaleiros de Ouro não batem muito com a da obra original.

O que RAIOS é isso?
Claro que ver o Máscara da Morte se redimir com suas ações foi um ponto alto (a mesma coisa com o Afrodite), mas só este tipo de coisa não foi suficiente.

O vilão, Loki, não é muito bem trabalhado, pois ele só é revelado pra luta final. Saturno de SS Omêga é melhor trabalhado do que Loki. Sim, o vilão de Omêga é MELHOR!

Sem contar que a luta final conta com um Deus Ex Machina digno de uma mangá da década de 70, como em Sakikage!! Otokojuku.
No fim, Loki não tinha chance alguma contra os 12 Cavaleiros de Ouro juntos.

Tá, até que foi legal Soul of Gold
Poseidon chega e diz que vai mandar as armaduras para Seiya e os outros.

Só vim aqui pra dizer que esse filler fez todo o sentido!

E o animê  acaba, fim! Mal dá pra ver que o mundo foi salvo e a tela fica preta.

Soul of Gold recebe um 4/10 no máximo. Bem, dá pra assistir pelo menos, mas nem o saudosismo ajudou muito. Pelo menos ele foi menos clichê e repetitivo que o animê original em alguns aspectos.

TOEI, por favor faça um animê bom de CDZ! Ou dá os direitos pra outro estúdio.
Não dá mais pra vocês pisarem num mangá tão importante quanto Saint Seiya.

Lembrando que o sorteio do primeiro volume de JoJo ainda está valendo:Informações no final deste post!

Outros posts do blog sugeridos:
OVERcast Saint Seiya Omega
A Velha Santíssima Trindade

Espero que tenham gostado,
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Até o próximo post!